‘Me considero, ao meu modo, uma apresentadora de televisão’, diz Ivete Sangalo

LÍGIA MESQUITA
Ivete Sangalo com alcione na gravação da quarta temporada do superbonita, do gnt  (Cacau Mangabeira/Divulgação)
Ivete conversa com Alcione na nova temporada do ‘Superbonita’, do GNT (Cacau Mangabeira/Divulgação)

Não parece mera coincidência o fato de Ivete Sangalo lançar seu mais recente DVD, “Acústico em Trancoso” (Universal), às vésperas de estrear outra temporada à frente do “Superbonita”, do canal pago GNT, nesta segunda (22).
Com presença constante na TV nos últimos anos (também participa do “The Voice Kids”, na Globo), Ivete parece sempre frisar que a música não será nunca sua segunda opção.

Ao mesmo tempo, busca se aperfeiçoar como apresentadora e tem consciência que pode falhar.
“Meu coração respeita as expectativas do programa quanto ao resultado dele próprio. Então não ficaria arrasada se falassem ‘Nosso tempo foi esse, foi lindo e vamos partir para uma nova onda”, diz ela à coluna, por telefone.

Já é sua quarta temporada à frente do ‘Superbonita’. Se sente mais à vontade fazendo?
Sempre me senti. Convidaram uma personalidade pública e me deixam ser eu, a coisa flui. Não gosto de usar ponto, teleprompter, é mais natural. Cada vez mais o programa está se tornando de comportamento, não só de dicas de beleza. A gente questiona até que ponto estar linda e feliz é um barato. Eu mesma brinco que tenho barriguinha, que a pochete se apegou em mim. Acho libertador ouvir famosas falarem do que não gostam também.

Você se considera uma apresentadora de TV?
Me considero ao meu modo. Ser apresentadora de um programa que entretenha, que não é jornalístico, informativo, tem muito da sua personalidade em jogo. É preciso incluir essa personalidade, esse ritmo. Eu assumo essa posição, é uma delícia. Me coloco diante das questões, divido minhas experiências.

Tem vontade de fazer outros programas?
Estou feliz com o “Supernonita”. Mas tô na TV há 23 anos, faço muitos comerciais, tenho intimidade com o veículo, é algo orgânico. Então penso, sim, em fazer mais.
Quem são suas referências na televisão?
Honestamente não parei para pensar nisso. Mas óbvio que sou telespectadora de tantas, de Hebe, Marília Gabriela, Jô Soares, Ellen De Generes e tantos outros. Até da dessa nova maneira do jornalismo comunicar, mas sem engessar. Acho que cada vez está mais curta a distância entre o comunicador e o que está sendo comunicado.

 

Voltará ao “The Voice Kids”?
E tem como largar aquilo lá? É uma delícia.