‘ É fundamental que as novelas façam refletir’, diz Lee Taylor, estreante na TV

LÍGIA MESQUITA
Lee Taylor como Martim (Pedro Curi/Divulgação)
Lee Taylor como Martim (Pedro Curi/Divulgação)

Há três meses no ar em “Velho Chico” (Globo), Lee Taylor diz ainda não se sentir confortável em sua primeira experiência na televisão.

O goiano de 32 anos é crítico em relação a seu desempenho, acha que poderia estar melhor e gostaria de ter mais tempo para decorar suas falas, o que não acontece. “Sei que poderia estar fazendo um trabalho melhor se tivesse mais experiência na TV e mais tempo”, fala à coluna.

Com uma extensa carreira no teatro, tendo trabalhado durante anos ao lado de Antunes Filho, Lee decidiu aceitar o convite do diretor Luiz Fernando Carvalho para estrear em novelas como Martim, filho que se rebela contra o autoritarismo do pai, o coronel Saruê (Antonio Fagundes), na história de Benedito Ruy Barbosa.

A partir de 15 de agosto, Martim volta para casa e assume a fazenda da família.

Por que aceitou fazer TV agora e o que te atraiu na novela?
Achei um papel irrecusável e queria trabalhar com Luiz há muito tempo. Há dois níveis de discussão que se apresentam na novela e me interessam. Primeiro, o conflito das famílias, que tem uma influência shakespeariana. Me interessou tirar a discussão do nível prosaico nessa relação do pai com o filho e a complexidade que ela envolve. E segundo é a discussão sobre a terra, mostrar como o homem está encarando a relação com a natureza, a questão da sustentabilidade, de exploração do trabalho. São discussões pertinentes. Penso que por uma novela ser uma obra voltada para um público grande, é fundamental tratar de questões relevantes, que façam refletir.

Tinha preconceito com a TV?
Preconceito não, tenho um conceito, uma visão sobre as poucas coisas que vi na TV. Acho que justamente por ser concessão pública e ter alcance enorme, tudo colocado no ar deve ter responsabilidade grande, social, cultural absoluta. Então eu encaro assim. Não tenho o hábito de assistir, não posso analisar com critério o que se passa pela TV.

+46 %
foi o crescimento da audiência do Viva no horário nobre durante o primeiro semestre deste ano, passando da 13ª para a 8ª posição no ranking do Ibope. Entre as atrações que impulsionaram o aumento estão a novela “Laços de Família”e o remake da “Escolinha do Professor Raimundo”.

 

Clima ameno Jô Soares foi convidado a participar do “Adnight” (Globo), “late show” que Marcelo Adnet estreia em 25 de agosto. A atração é cogitada para substituir o “Programa do Jô”. Ana Maria Braga e Miguel Falabella também estão na lista de possíveis entrevistados.