‘Ninguém vai me deixar cantar de galo’, diz Rodrigo Faro

LÍGIA MESQUITA
Rodrigo Faro (Bruno Poletti/Folhapress)
Rodrigo Faro (Bruno Poletti/Folhapress)

Rodrigo Faro, 42, completou nesta semana dois anos como apresentador do “Hora do Faro”, nas tardes de domingo da Record.

O programa tem se mantido na vice-liderança de audiência, perdendo apenas para a Globo. Em março, registrou média nacional de 9 pontos (cada ponto equivale a 684,2 mil espectadores).

“Meu sonho era estar no domingo. E parei nesse ‘prime time’ [horário nobre] com cinco anos como apresentador. Tem tantos colegas incríveis nesse dia, o Silvio Santos, o Fausto, a Eliana”, diz à coluna. “É um orgulho saber que o Rodrigo agora é o homem dos domingos da Record.”

Há uma guerra por audiência aos domingos, com vários programas de auditório. Como você encara os números?
Com muita preocupação. Quanto mais você cresce na audiência, maior a sua responsabilidade. Quando você começa a incomodar e depois vence o programa concorrente [no caso dele, o de Eliana, no SBT] de ponta a ponta, isso aumenta a responsabilidade, a cobrança e o trabalho. Não dá para se acomodar, porque meus concorrentes também estão se mexendo. Ninguém vai deixar o cara que está há dois anos no domingo ficar cantando de galo (risos).

Acompanha os concorrentes?
Claro! Vejo o Silvio, o Fausto [Silva], a Eliana e os colegas de outros dias como o Gugu, o Luciano Huck. Vejo tudo que estão fazendo na TV.

E qual o seu diferencial?
Faço a emoção do meu jeito, coloco uma pitada de irreverência, não tenho medo de pagar mico, não tiro meus erros da edição, choro quando tenho vontade e na hora de rir, vou fundo na bagunça. O segredo é não me preocupar em me expor na frente das câmeras, ser eu. Eu comecei a apresentar substituindo o Marcio Garcia, depois o Gugu. Tô escolado em dar minha cara a um programa. Copiando alguém não conseguiria.

Acha que algumas vezes o programa erra na dose e fica sensacionalista?
Não. Não gosto desses termos. Tem história alegre e triste. E nem todas têm final feliz. A diferença é a maneira de contar, mostramos o lado otimista. Não buscamos nem apelo nem sensacionalismo. Ter programa no domingo é também formar opinião, motivar, dar exemplo.