‘Achava que televisão não era para mim’, diz Sérgio Guizé
Candinho, protagonista de “Eta Mundo Bom!” (Globo), novela das 18h de Walcyr Carrasco, conquistou o público com seu tipo caipira ingênuo e otimista.
“Faço com dedicação, verdade. Tô me abrindo com Candinho. Quando acordo e tô um pouco triste, falo: vamos lá, a vida é boa!”, diz Sérgio Guizé, 35.
Esta é a segunda novela que o ator, com carreira no teatro paulista, protagoniza. “Não penso que sou protagonista. O mais importante é o personagem ficar na frente do intérprete.”
Na próxima semana, Candinho encontra sua mãe biológica e descobre que é rico.
Guizé falou à coluna.
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Você estudou muito o gestual do Mazzaropi?
Mazzaropi está na minha vida desde sempre, assim como Chaplin. Acho que peguei a junção desses personagens, é uma fusão deles. Queria colocar essa doçura “clownesca” do Chaplin e usar o sotaque do Mazzaropi com coisas minhas, com a direção do Jorge, com os atores com quem trabalho.
Esperava o sucesso do Candinho e da novela?
Esperava, por conta da frase matriz da novela: “Tudo que acontece de ruim é para melhorar”. Tem a ver com o momento atual. Esperava trazer esse sopro de esperança, de otimismo.
Você acredita nessa frase?
Acredito! Se a gente faz uma corrente energética e pensa que as coisas vão melhorar, elas vão melhorar.
É importante ter tramas com essa mensagem? Novela é para fazer sonhar?
Acho que é para transformar. Arte é arte, cada um passa sua mensagem e alcança o que quer alcançar. Nada é uma obrigação. O artista tem que ter liberdade para escolher o que falar.
Tinha preconceito com TV?
Não conhecia, fazia teatro. Não conseguia nem fazer teste, achava que não era para mim. Não acredito que dê para fazer teatro pensando em TV e vice-versa. Aí os convites aconteceram. Tô tendo a oportunidade de investigar, de mudar como ser humano, isso é o mais importante.
Candinho muda ao ficar rico?
Ele vai tirar onda, mas manterá sua essência. Estará muito mais feliz, otimista, por encontrar a mãe.