‘O Dante não é burro. A virada dele será forte’, diz Marco Pigossi sobre seu personagem
Folha
POR GABRIELA SÁ PESSOA (INTERINA)
Em “A Regra do Jogo” (Globo), Dante (Marco Pigossi), o detetive da história, é filho e neto dos bandidos – respectivamente, Romero (Alexandre Nero) e Gibson, personagem de José de Abreu que há pouco se revelou como o grande vilão da trama.
Responsável por investigar a facção criminal no folhetim das 21h, o policial sequer desconfia que o perigo mora ao lado. O ator, porém, diz à coluna que Dante não é burro, e que espera uma grande virada para o mocinho na reta final de “A Regra do Jogo”, que termina em março.
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“A Regra do Jogo” demorou para engrenar, e nas últimas semanas tem chegado aos 30 pontos no Ibope. Tem sentido alguma diferença?
Não, a gente acaba passando meio ao largo disso. A audiência é uma preocupação mais do corporativo da empresa, da parte financeira. É claro que a gente adora quando tem uma audiência bacana, mas não interfere na nossa preocupação, que é fazer um bom trabalho.
Há quem diga que a trama policial seja confusa. Concorda?
“A Regra do Jogo” é uma tentativa de fazer uma novela nova. O João [Emanuel Carneiro] propõe uma trama complexa. Tomou tempo para apresentar a facção, o poder dela, o que quer, por que existe, e depois entrar com a força policial. Agora, começa a desenrolar.
Como o Dante não se toca que o pai e o avô são os bandidos?
O público sabe tudo. O personagem, não: ele está numa trama, não tem essa informação. É o pai dele, acima de qualquer suspeita. É difícil desconfiar do próprio pai – e, agora, do avô.
O Dante é o pior policial do mundo?
O Dante é o pior policial do mundo?
Pelo contrário. Quanto mais o Dante sofre, quanto menos desconfiou, mais forte será a virada. Ele não é nem um pouco burro. Para o João tê-lo mantido por tanto tempo enganado por quem ama, [a virada] será forte.
Como estão as gravações?
O João tem escrito cenas secretas, que só os atores que fazem parte delas acabam recebendo, três ou quatro dias antes da gravação.