Buddy Valastro, 38, está em SP, onde já gravou cinco episódios da versão brasileira de seu “reality” de bolos “Cake Boss”. “A Batalha de Confeiteiros” estreia em setembro na Record e no Discovery Home & Health.
À coluna, o confeiteiro americano diz que seu programa se destaca por ele ser ele mesmo. E, sem modéstia, avisa que a atração brasileira “vai arrasar”. “Acho que consigo fazer boa TV no Brasil. Vocês ainda vão me ver por aqui.”
Ele abrirá sua confeitaria Carlo’s Bakery na capital paulista, e o vencedor do “reality” irá gerenciá-la.
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Qual é a fórmula de sucesso do seu programa?
Adoraria falar que sou eu. Acho que os fãs gostam de mim, porque sabem que sou verdadeiro, identificam-se e sentem como se eu fosse da família. O formato é muito bom, assim como os bolos que faço.
Apresentador de ‘reality’ precisa ser personagem?
Meu personagem sou eu. Se eu gostar do bolo, vou falar e, se não gostar, também. Não faço isso para ser malvado. Quero dar amor, mas também ser rígido.
Como se destacar com tantos ‘realities’ gastronômicos?
Sendo eu mesmo. Acho que o jeito com que fazemos o programa e os desafios que a gente coloca para os participantes não existem em outro programa. Ele é bem diferente. É um programa de cozinhar, de decoração, tem a nossa assinatura.
Se enxerga apresentando algum outro tipo de atração?
Acho que sim. Não sei onde vou estar no futuro, mas posso te dizer que gravar no Brasil tem sido uma grande experiência. Ainda não mostrei tudo que tenho.
Algum bolo seu não deu certo?
Quando fiz o bolo imitando um carrossel, ele caiu no chão e não tinha como arrumá-lo, já era tarde. Foi um acidente, pedi desculpas, coloquei o rabo entre as pernas e agi como um homem.
Se surpreendeu com as gravações aqui?
Principalmente com a qualidade dos bolos. No primeiro episódio, falei para o ganhador da prova que aquele era o melhor bolo vencedor que havia provado. Fiquei impressionado.
Há muita expectativa em relação ao programa brasileiro. Isso te aflige?
Me dá motivação. Acho que os fãs brasileiros sabem que vou dar o meu melhor e vou correr atrás. Se eles amarem, eu vou amar. Se eles odiarem, eu posso falar honestamente que fiz o meu melhor, tentei. Mas acho que eles vão gostar. Normalmente, eu sei o suficiente sobre televisão para saber que estou fazendo boa televisão. E nós estamos fazendo isso.
Qual será o maior desafio a ser superado nessa edição do programa?
Honestamente, minha maior preocupação era o inglês, mas nós já gravamos alguns episódios e nós temos tradução simultânea, eu uso um ponto eletrônico para entender o que eles falam. Minha voz será dublada, então acho que o pessoal em casa nem vai perceber que teve algum problema com a tradução, porque não tivemos isso.
Você usará elementos dos seus programas dos EUA?
O formato do programa é igual ao que fazemos nos EUA. Essencialmente, tudo vai ser a mesma coisa. Nós vamos fazer as mesmas coisas, mas podemos mudar algumas para trazer elementos do Brasil, mas é o mesmo programa.
Você introduzirá elementos da gastronomia brasileira nas receitas?
Parte do programa é eu encontrar alguém que consiga não só fazer o que eu quero que ele faça, mas que também venha com um toque brasileiro. Abrir a confeitaria aqui não é só colocar os produtos nas prateleiras, mas é um casamento entre o estilo da cozinha brasileira e o da Carlo’s Bakery, colocando eles juntos para realmente satisfazer a clientela.
O que você pode contar sobre os participantes?
Honestamente, foi uma ótima surpresa. Acho que eles estão fazendo um trabalho incrível. E, de novo, você pode gravar quantos vídeos você quiser, mas até você colocar eles na cozinha, em uma situação que eles não estão familiarizados, para ver se eles têm a gana e força. Mas eles estão bem.
Imaginava fazer tanto sucesso?
Às vezes eu penso sobre isso e meus olhos enchem de lágrimas, ou eu peço para as pessoas me beliscarem porque não pode ser real. Tem dias que eu desejo que meu pai estivesse aqui para ver como eu estou indo, tudo que eu já fiz. Mas eu sei que ele está no paraíso olhando para baixo, orgulhoso de mim.
Tem algum motivo específico para você ter escolhido abrir sua primeira loja fora dos EUA em São Paulo?
Acho que o Brasil como um todo. Quando eu vim para São Paulo [em 2014] os fãs foram tão legais comigo que eu achei que faria sentido abrir nessa cidade. Mas adoraria ir a qualquer lugar do Brasil e fazer isso, mas os fãs de São Paulo foram muito legais comigo. Acho que a confeitaria vai ser um sucesso.
É uma preocupação manter em sigilo quem será o vencedor?
Isso era uma preocupação, mas ninguém vai saber o vencedor desse programa sem ser eu. Quando a gente for ao ar com a final do programa, ao vivo, em dezembro, será no dia em que abrirei a minha confeitaria. Duas pessoas vão ter chaves para entrar no estabelecimento, e só uma vai entrar. Ninguém da equipe vai saber, porque eu não vou contar.