Globo promove investigação interna para apurar “furto” de imagens do novo “Fantástico”

Keila Jimenez

A Globo iniciou na tarde de sábado (05) uma verdadeira “caça às bruxas” para descobrir quem “furtou” um compilado de imagens de testes de gravações do novo “Fantástico”, que estreia no dia 27 de abril. A emissora abriu uma investigação interna, em parceria com a equipe de segurança e a equipe de tecnologia da informação (TI) do canal para vasculhar imagens de câmeras de circuito interno e computadores da emissora.

O blog apurou que toda a equipe do “Fantástico” foi chamada para uma reunião neste domingo (06), uma espécie de investigação inicial promovida na emissora. Produtores e jornalistas do dominical estão preocupados com a possibilidade de terem seus emails vasculhados.

O piloto (programa teste) do “Fantástico” vazou na internet na sexta-feira (04), em um canal de vídeos chamado Absurda TV. A gravação, de cerca de 45 minutos, mostrava cenários, vinhetas, entrevistados e todo um novo conceito do programa, que estava sendo desenvolvido há 2 anos. A Globo chegou a planejar lançar o novo “Fantástico” em 2013, quando o dominical fez 40 anos, mas acabou adiando a novidade para 2014.

O vídeo exibia o novo cenário do programa, reuniões de pauta, que passam a fazer parte da atração, e os novos quadros de entrevista. A Globo conseguiu bloquear todos os canais usados na web pelo Absurda TV, mas já há imagens do programa hospedadas em vários sites.

A Globo pretende apurar os fatos e pode até recorrer à polícia e à Justiça para tomar as medidas cabíveis.

Não é a primeira vez que a emissora sofre com o vazamento de dados e com a suspeita de espionagem.

Em agosto de 2013, dirigentes da rede tiveram seus laptops furtados dentro da Central Globo de Produção, o Projac, no Rio. Entre os que tiveram seus computadores furtados está Mônica Albuquerque, diretora de desenvolvimento artístico, que participa de importantes decisões na programação do canal.

Procurada, a Globo diz que o que ocorreu no “Fantástico” foi um crime de furto de conteúdo protegido, com todas as consequências legais para quem divulgar ou quem vier a divulgar.